Em uma reunião da Câmara Técnica do Ubuntu realizada ontem à noite, a liderança técnica de distribuição Linux da Canonical decidiu reduzir pela metade o tempo de suporte para as versões não-LTS, passando de 18 meses para 9 meses. Ao mesmo tempo, os desenvolvedores querem tornar mais fácil para os
utilizadores da distribuição obter pacotes atualizados de forma regular, sem a necessidade de realizar atualizações de toda a
distribuição.
Participaram do encontro Matt Zimmerman, Colin Watson e Stéphane
Graber, os quais, de forma unânime, acordaram esses pontos e também votaram contra
a mudança do Ubuntu para um modelo rolling release.
As mudanças serão implementadas a partir do
lançamento do Ubuntu 13.04 ("Raring Ringtail"), que deve ocorrer em 25 de abril.
O
modelo rolling release abandona os tradicionais lançamentos programados que
atualizam todos os softwares na distribuição em favor de liberar
atualizações de pacotes para os repositórios, quando as versões individuais dos
softwares chegam ao upstream.
Neste modelo, um determinado software será retido quando suas
dependências precisarem ser atualizadas nos repositórios e a garantia de
qualidade geralmente acontece movendo pacotes em um ou vários
repositórios de testes antes de liberá-los para todos os usuários da
distribuição. A distribuição mais bem conhecida que atualmente emprega este modelo é a Arch Linux .
A discussão sobre mudar o Ubuntu para um modelo rolling release ganhou recentemente mais atenção na Ubuntu Developer Summit (UDS), que foi realizada em março. O líder do projeto, Mark Shuttleworth, fez um comentário sobre essa sugestão em seu blog.
A decisão do Conselho Técnico da distribuição parece estar em linha com
a idéia de Shuttleworth que é acelerar o ciclo de desenvolvimento e
lançamento do Ubuntu sem abrir mão de lançamentos programados.
A redução no
tempo de suporte para os lançamento não-LTS de 18 para 9 meses deve dar aos
desenvolvedores mais tempo para se concentrar em testar os pacotes, os quais os usuários poderão atualizar entre as versões.
Aparentemente, nenhuma decisão foi tomada sobre como os pacotes atualizados serão liberados para os usuários. O Conselho Técnico só decidiu
"permitir aos usuários rastrear continuamente o foco de desenvolvimento
do Ubuntu sem ter que realizar de forma explícita um upgrade". Os detalhes de implementação deverão ser divulgados nas próximas semanas.
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